Tecnisa fecha parcerias e prepara nova empresa para voltar ao Minha Casa, Minha Vida

Estratégia inicial da empresa será começar como sócia minoritária nos empreendimentos; condições mais favoráveis do programa habitacional levou à retomada
Estratégia inicial da Tecnisa será começar como sócia minoritária nos empreendimentos; condições mais favoráveis do programa habitacional levou à retomada.
Tecnisa fecha parcerias e prepara nova empresa para voltar ao Minha Casa, Minha Vida

Circe Bonatelli, O Estado de S. Paulo – A Tecnisa, incorporadora tradicional no segmento de média e alta renda, vai voltar ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A empresa vinha estudando uma retomada por conta das condições mais favoráveis do programa, mesmo tipo de movimento adotado por empresas como Trisul, Lavvi e Mitre, por exemplo.

Os lançamentos da Tecnisa no setor vão ocorrer ainda neste semestre em parceria com as incorporadoras mais experientes no segmento. Os primeiros contratos foram fechados com a Plano & Plano e a ACP, e há outras cinco a seis negociações em andamento, segundo o presidente da companhia, Fernando Tadeu Perez.

Nesta retomada, a estratégia será de começar como sócia minoritária nos empreendimentos com parceiras. Paralelamente, a Tecnisa, está montando uma empresa própria. O executivo ressaltou ser importante segmentar as equipes de compra de terrenos, desenvolvimento de condomínios, engenharia e vendas. Isso porque os apartamentos para públicos de baixa e alta renda têm suas peculiaridades.

A margem de lucro no MCMV, por exemplo, é mais apertada, porque os preços dos imóveis têm limites, devido à menor capacidade de compra dos consumidores. Na década passada, muitas incorporadoras se aventuraram no programa, mas sofreram com estouros de orçamentos e prejuízos.

“É como Ferrari e Fusca. Os dois são carros, mas são totalmente diferentes. Se mandar a Ferrari fazer um Fusca, ela vai ter problemas”, exemplifica Perez. “Em um primeiro momento, queremos aprender. Os sócios cuidam da aprovação dos projetos e da construção. Ficaremos de lado, olhando. Daqui a quatro, cinco anos, queremos ter nossa própria empresa funcionando”, disse Perez.

Questionado se isso não gera o risco de perder o momento favorável do MCMV, o executivo admite que sim, mas justifica que é um risco visto como “necessário”. “É preferível fazer de forma mais vagarosa e segura do que ter problemas. É um risco calculado.”

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