Selic a 10,50%: desafios e oportunidades para o mercado imobiliário

Entenda os desafios e oportunidades para construtoras e compradores de imóveis
Saiba como a taxa Selic a 10,50% afeta o mercado imobiliário em SP. Entenda os desafios e oportunidades para construtoras e compradores de imóveis.
Selic a 10,50%: desafios e oportunidades para o mercado imobiliário

Matéria publicada originalmente por Eduarda Tolentino, MoneyTimes – O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, o que representa um dos maiores desafios para o mercado imobiliário. Taxas de juros mais baixas incentivam as construtoras a acelerar seus projetos e aumentam a capacidade de compra dos consumidores. Em contrapartida, juros altos desaceleram as obras e reduzem o potencial de compra.

Para se adaptarem a essas oscilações, as empresas do setor imobiliário devem desenvolver estratégias que lhes permitam navegar nesse cenário variável, que pode tanto beneficiar quanto prejudicar o setor.

Para alcançar um equilíbrio entre lucro, margens saudáveis para as construtoras e uma oferta competitiva para os clientes, é crucial ajustar a taxa de juros de acordo com o contexto econômico vigente. Rubens Menin, presidente do Conselho de Administração da MRV, comparou a importância dos juros para o setor imobiliário à quimioterapia para pacientes: “Se errar para menos, não corrige o suficiente; se errar para mais, causa mais danos do que benefícios.”

Diante de uma Selic de dois dígitos prevista para 2024, é essencial trabalhar para criar um ambiente econômico que favoreça a redução dessa taxa. A Selic a 10,50% impacta tanto as empresas quanto os consumidores, sublinhando a necessidade de diminuição das taxas de juros para um desenvolvimento saudável dos negócios no Brasil. Com juros mais baixos, as construtoras têm melhor acesso ao mercado de capitais, reduzindo a dependência do financiamento via FGTS, o que é limitante para o setor.

Atualmente, o mercado imobiliário está aquecido graças às iniciativas governamentais que modificaram programas habitacionais, como o aumento do teto do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o FGTS Futuro e a extensão dos prazos de pagamento. Para os consumidores, a redução das taxas de juros facilita a compra de imóveis, pois reduz o comprometimento da renda e melhora as condições de empréstimos bancários. No MCMV e FGTS, as taxas variam de 4,25% a 8,16%, tornando a compra de imóveis mais acessível.

O monitoramento constante da taxa de juros deve ser parte integral do planejamento estratégico das construtoras. Elas não podem controlar os índices, mas podem adotar medidas para mitigar seus efeitos. Entre essas medidas estão a avaliação da rentabilidade de novos projetos, a análise de tendências macroeconômicas e a consideração de ciclos econômicos que possam afetar os preços das construções.

As políticas de preço e venda também devem ser ajustadas de acordo com o cenário de juros. Em períodos de juros baixos, é importante oferecer condições de financiamento atrativas para aumentar a demanda por imóveis. Esse é o momento de investir fortemente em projetos e preparar a empresa para futuras altas nas taxas de juros.

Manter a liquidez, fortalecendo reservas de caixa para flexibilidade financeira, e diversificar fontes de financiamento são estratégias cruciais para reduzir a dependência de empréstimos bancários. Além disso, fidelizar clientes oferecendo condições favoráveis de financiamento pode ser uma estratégia eficaz para garantir vendas contínuas.

Os juros baixos impulsionam o progresso no setor imobiliário, e é fundamental aproveitar esses momentos para acelerar o crescimento e preparar-se para enfrentar períodos de crise com segurança.

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