Incorporadoras apostam no conceito condomínio-clube na periferia de SP
Matéria publicada originalmente por Paulo Vieira, Folha de S. Paulo – A construtora Diálogo Engenharia está introduzindo alguns desses empreendimentos na zona leste. Nas áreas da Vila Carrão e Vila Guilhermina, a menos de 1,5 km das respectivas estações de metrô, a empresa lançou o Vitrine Tatuapé Condomínio Clube e o Oásis Condomínio Clube, respectivamente.
Os apartamentos variam de 70 m² a 103 m², ocupando um terreno de 3.600 m², embora curiosamente menor do que o ideal para o conceito de condomínio-clube, como afirmou Guilherme Sallum Nahas, sócio-diretor da Diálogo, à Folha. Ele estima que essa área deveria ser de 5.000 m² ou mais, espaço que é abundante no Oásis, que ocupa o dobro do terreno do Vitrine e será lançado com 770 apartamentos.
“Uma taxa de condomínio baixa, em torno de R$ 500, é essencial para esses empreendimentos, e esse valor é viável considerando o número de unidades”, diz Nahas. “Os moradores não se importam em investir em boas regras de convivência quando o custo do condomínio é baixo.”
Embora seja esperada uma certa agitação em determinados horários, Nahas afirma que soluções são planejadas para evitar isso, e a experiência adquirida pela Diálogo ao longo dos últimos dez anos no desenvolvimento desses produtos contribui para isso.
Na Zona Sul, o congestionamento na garagem é improvável no Sphera Panamby, o condomínio-clube da Plano&Plano e da Casa Viva. Situado em uma propriedade de 24 mil m², possui fases em diferentes estágios de conclusão. As duas maiores torres, com 696 apartamentos, possuem apenas 156 vagas de garagem, e essa proporção de uma vaga para cada 4,5 apartamentos é comum na região.
Estrategicamente localizado a 500 metros da estação Giovanni Gronchi do metrô (linha 5) e do terminal de ônibus João Dias, e a dois quilômetros do Parque Burle Marx, o Sphera talvez ganhe relevância com o nome Panamby.
Para Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano, vaga de garagem é algo que encarece muito esse tipo de produto, que é voltado para pessoas com renda familiar a partir de dois ou três salários mínimos.
Com apartamentos variando de 33,98 m² a 66,93 m² (na torre Park) e preços a partir de R$ 253 mil, o empreendimento pode ser financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
Na área comum estão previstos, além das piscinas e dos espaços de fitness esperados, coworking, pet care, ateliê, minimercado, redário, pomar, uma área para luau com fogueira, outra para feirinha ou food park, além do Espaço Youtuber, que recebe destaque em alguns lançamentos.
Trata-se de uma sala com recursos de iluminação e cenários instagramáveis para uso de produtores de conteúdo, projetados para casais ou moradores solteiros da geração Z (nascidos a partir de meados dos anos 1990).
