FGTS Futuro: Cury, Direcional e Plano&Plano serão as mais beneficiadas, afirma XP
Matéria publicada originalmente por Giovanna Castro, Money Times – O FGTS Futuro poderá impulsionar as vendas sobre oferta (VSO) das construtoras de imóveis de baixa renda, como a Cury Construtora (CURY3), a Direcional Engenharia (DIRR3) e a Plano&Plano (PLPL3), que estão expostas à Faixa 3 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
De acordo com a XP Investimentos, a revisão das faixas de renda do MCMV e os ajustes do salário mínimo em 2024 tornam esse cenário possível.
No relatório, assinado por Ygor Altero, Head de Real Estate, e Ruan Argenton, Analista de Real Estate, a mudança no FGTS Futuro poderia aumentar o número de beneficiários qualificados para financiamento imobiliário dentro da Faixa 1 (famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.640,00) do MCMV.
A Faixa 3 do programa, com renda familiar entre R$ 8.000,01 e R$ 8.558,00, seria beneficiada com uma revisão potencial dos tetos das taxas de juros, agora mais baixas, gerando impactos positivos na demanda do programa e aumentando o mercado endereçável para unidades no limite superior de preço do MCMV.
A Construtora Tenda (TEND3) poderia ser a mais beneficiada, com o aumento de beneficiários qualificados para financiamento dentro da Faixa 1 do programa. Isso porque a empresa tem uma alta exposição à faixa, representando 59% do total de vendas no 3T23, e os potenciais benefícios da medida poderiam reforçar as diretrizes da empresa, aumentando o índice de capital de giro empregado.
O que é o FGTS Futuro
Essa modalidade libera o saldo futuro do FGTS para o financiamento imobiliário, permitindo que o indivíduo use para amortizar ou abater as prestações de imóveis financiados pela Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O foco principal é ajudar as famílias de baixa renda, proporcionando melhores chances de adquirir um imóvel, e foi elaborada pelo Conselho Curador do FGTS ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seria como um caução para aumentar a renda informada ao dar entrada no financiamento, o que também pode reduzir a taxa de juros cobrada pela instituição financeira ao longo dos anos.
O plano é ampliar o atendimento para todas as faixas, chegando ao limite de R$ 8 mil. O conselho do FGTS deve aprovar as regras e, assim, permitir que a Caixa Econômica Federal possa liberar o valor do FGTS do trabalhador.
