A Faria Lima tem o preço médio do aluguel em R$ 246 por metro quadrado, já a Rebouças possui um valor de R$ 150. Foto: Tiago Queiroz/Estadão.
Matéria publicada originalmente por Juliana Caveiro, Money Times – A Faria Lima e a Vila Olímpia destacam-se como as principais regiões de São Paulo onde as empresas do setor financeiro estão concentradas. Contudo, nos próximos anos, uma nova localidade surge como potencial polo para essas instituições: a Rebouças.
Conforme um estudo conduzido pela Cushman & Wakefield, a região tem previsão de receber o dobro do estoque atual do Itaim Bibi – uma área adjacente à Faria Lima – em dois anos, com um perfil de empresas ocupando edifícios inteiros. Atualmente, cerca de 60 mil metros quadrados estão em construção.
O principal atrativo reside, sobretudo, no preço. Enquanto na Faria Lima o aluguel médio é de R$ 246 por metro quadrado, na Rebouças o valor é de R$ 150.
Em uma entrevista à Bloomberg, Dennys Andrade, head de inteligência de mercado da Cushman & Wakefield, destaca que o perfil das empresas que têm se estabelecido no eixo Rebouças demonstra uma busca por alternativas à Faria Lima.
Um exemplo notável na região é o Nubank, que estabeleceu sua sede na Avenida Rebouças, na zona oeste de São Paulo. A empresa foi pioneira nessa localidade, ocupando o edifício da incorporadora Idea!Zavrvos em 2016.
Essa crescente atratividade na região não é mera coincidência. De acordo com Andrade, a Rebouças foi selecionada para receber investimentos de incorporadoras no Plano Diretor de 2014 e na lei de zoneamento de 2016. Além disso, a região possui excelente acesso ao transporte público, principalmente através da linha amarela.
No próximo ano – ou até antes – outra empresa a se mudar para essa área é a Stone. A companhia ocupará integralmente o prédio White 2880, com cerca de mil metros quadrados.
O mercado de escritórios de classe A em São Paulo apresentou uma atividade significativa no primeiro trimestre de 2024, conforme o estudo, indicando um mercado mais aquecido. Como resultado, o preço médio de venda registrou um leve aumento de 0,14% em relação ao mesmo período do ano anterior, fechando em R$ 113,57 por metro quadrado.