Imobiliárias lideram retorno de IPOs no Brasil: Pacaembu é destaque

Segundo o InfoMoney, empresas como Vitacon, You,Inc, Emccamp e, especialmente, a Pacaembu, estão na linha de frente desse movimento
Empresas como Vitacon, You,Inc, Emccamp e, especialmente, a Pacaembu, estão na linha de frente do retorno de IPOs no Brasil.
Imobiliárias lideram retorno de IPOs no Brasil: Pacaembu é destaque

Matéria publicada originalmente por Giovanna Castro, MoneyTimes – Após um período de escassez na estreia de empresas na Bolsa de Valores, com as tão aguardadas ofertas públicas iniciais (IPOs), as imobiliárias estão prontas para reavivar o mercado. No centro dessa movimentação está a construtora Pacaembu.

O Brasil não viu um IPO desde agosto de 2021, quando a Vittia (VITT3), do setor de fertilizantes, fez sua estreia na Bolsa. Esse intervalo marca o maior período sem ofertas em duas décadas.

As imobiliárias podem ser as primeiras a liderar esse retorno. Segundo o IM Business, canal do InfoMoney voltado à cobertura do mundo dos negócios, empresas como Vitacon, You,Inc, Emccamp e, especialmente, a Pacaembu, estão na linha de frente desse movimento.

Vários fatores tornam o momento propício, especialmente a redução das taxas de juros no Brasil, impulsionada pelos cortes na taxa Selic e nas taxas dos Estados Unidos pelo Federal Reserve.

Para as construtoras, as mudanças no Minha Casa Minha Vida (MCMV) também desempenham um papel crucial. As novas regras aumentaram os subsídios para as famílias, reduziram os juros dos financiamentos e ampliaram o valor máximo dos imóveis do programa.

Para a Pacaembu, essas mudanças são especialmente benéficas, especialmente as alterações na Faixa 1. Esse segmento foi beneficiado com o “FGTS Futuro”, o Regime Especial de Tributação (RET1) e o Fundo Garantidor Habitacional, que complementam a renda familiar e facilitam o financiamento dos imóveis.

Victor Almeida, presidente da Pacaembu, em entrevista ao Brazil Journal, afirmou que planejam lançar o IPO assim que “uma nova janela se abrir”, com uma oferta que avalie o negócio entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. A faixa de venda da participação está entre 25% e 45%.

Almeida também destacou que as mudanças no MCMV irão incluir muitas famílias no programa, expandindo o mercado potencial da construtora.

Pacaembu já tentou IPOs anteriormente

Atualmente, 70% dos negócios da Pacaembu estão na Faixa 1 do programa, com construções voltadas para famílias com renda de até R$ 2,6 mil por mês. O restante está na Faixa 2, para aquelas com renda de até R$ 4,4 mil.

A Pacaembu já tentou lançar IPOs anteriormente, mas desistiu devido aos desafios impostos pela pandemia, incluindo o aumento nos custos dos materiais de construção e a alta dos juros no Brasil.

Com as ofertas, a empresa pretende usar os lucros das ações para investir em mais empreendimentos, focando na realização de condomínios com bairros planejados e infraestrutura completa, como ruas asfaltadas e saneamento básico.

Fundada em São Paulo, a construtora está expandindo seus negócios pelo Brasil, incluindo projetos no Centro-Oeste, como Goiás e Mato Grosso, além de buscar oportunidades de crescimento no Sul do país, especialmente no Paraná.

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