Queda na construção civil foi puxada por menor demanda das famílias por materiais
Matéria publicada originalmente por Rafael Vazquez, Valor – A redução no consumo de materiais de construção pelas famílias foi a principal causa da queda de 0,5% na construção civil no PIB do primeiro trimestre, segundo Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do SindusCon-SP.
Por outro lado, o segmento de obras de edificações manteve-se dinâmico, ajudando a elevar o PIB do setor em comparação com o primeiro trimestre de 2023. Zaidan destacou, em comunicado, que a construção civil cresceu 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Atividades imobiliárias e investimentos em alta
O SindusCon-SP também apontou um aumento de 1% nas atividades imobiliárias no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o último trimestre de 2023. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,9%.
Zaidan celebrou o crescimento trimestral de 4,1% na Formação Bruta de Capital Fixo, um indicador do PIB que mede os investimentos na economia brasileira. “Após quedas consecutivas nos três trimestres anteriores, esse aumento é um sinal positivo.”
Desafios para o futuro
Apesar do crescimento, Zaidan ressaltou que a taxa de investimento ficou em 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Especialistas indicam que, para aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira a longo prazo de forma adequada, a taxa de investimento deveria estar próxima de 25% ou, pelo menos, acima de 20%.