Moura Dubeux (MDNE3) quase triplica de valor na B3, amplia vendas

A alta é apoiada pelo ciclo de queda dos juros e pelos resultados sólidos apresentados pela empresa, que é líder de mercado no Nordeste
A alta da Moura Dubeux é apoiada pelo ciclo de queda dos juros e pelos resultados sólidos apresentados pela empresa, que é líder de mercado no Nordeste
Moura Dubeux (MDNE3) quase triplica de valor na B3, amplia vendas no 1T24 e CEO diz quando deve pagar dividendos

Matéria publicada originalmente por Larissa Vitória, Seu Dinheiro – Com um crescimento exponencial de mais de 192% nos últimos 12 meses, as ações da Moura Dubeux (MDNE3) estão entre as mais valorizadas na B3, apresentando a segunda maior alta em comparação com seus concorrentes.

Esse feito notável posiciona a incorporadora, com foco no Nordeste, à frente de gigantes estabelecidas em outras regiões, mesmo estas possuindo um histórico mais robusto na bolsa e uma capitalização mais substancial.

Esse impressionante desempenho é impulsionado pelo ciclo de redução das taxas de juros, o qual promove perspectivas favoráveis e condições mais atrativas para todo o setor da construção civil. Além disso, os resultados consistentes apresentados pela empresa, que lidera o mercado em sua região de atuação, contribuem significativamente para essa ascensão.

No cenário do primeiro trimestre de 2024, a Moura Dubeux demonstrou um aumento nos principais indicadores operacionais. Os lançamentos expandiram-se em 39,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, atingindo um Valor Geral de Vendas líquido de R$ 346,7 milhões.

Apesar de uma queda de 22,7% em relação ao trimestre anterior, o CEO da Moura Dubeux, Diego Villar, afirma que essa desaceleração está alinhada a uma estratégia recorrente da empresa: “Iniciamos cada ano com otimismo moderado, mantendo uma postura cautelosa. A ampliação desta exposição geralmente ocorre no segundo trimestre, porém, o pico de vendas é consistentemente observado a partir do terceiro trimestre”, declarou Villar ao Seu Dinheiro.

Outro destaque dos resultados preliminares foi o volume das vendas líquidas, que superou o total lançado pela empresa no período, alcançando R$ 372 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 14% em relação ao 1T23.

Diogo Barral, diretor de relação com os investidores da construtora, ressalta que a Velocidade de Vendas (VSO) permaneceu acima de 40% pelo 15º trimestre consecutivo. Esse indicador, crucial para o setor imobiliário, reflete a absorção dos empreendimentos lançados pela construtora em relação à oferta disponível durante o período.

“Embora os observadores no eixo Rio-São Paulo possam estar distantes da dinâmica local, nossos números evidenciam a resiliência do mercado imobiliário do Nordeste”, enfatiza Barral, ao recordar que a Moura Dubeux detém uma participação de mercado de 25% nas praças onde atua, abrangendo sete das nove capitais da região.

Previsão de pagamento de dividendos pela Moura Dubeux (MDNE3) a partir de 2025

Apesar do sólido desempenho que impulsionou um aumento de quase 200% no mercado de ações, os papéis da Moura Dubeux ainda não recuperaram seu valor inicial de abertura de capital.

É relevante lembrar que a empresa ingressou no mercado em 2020, captando R$ 1,25 bilhão com ações cotadas a R$ 19 cada. Considerando o preço de fechamento de ontem, a atual cotação ainda representa uma queda de aproximadamente 25% em relação ao IPO.

Diego Villar destaca que falta apenas um elemento para que a empresa elimine essa diferença e retorne ao patamar inicial: “Estamos aguardando apenas o início dos pagamentos de dividendos. Em breve, iniciaremos as distribuições, provavelmente a partir do primeiro trimestre de 2025.”

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