Incorporadoras de médio e alto padrão lucram mais

Cyrela, Tecnisa, Trisul e Moura Dubeux apresentaram aumento de ganhos no segundo trimestre, na base anual
Incorporadoras Cyrela, Tecnisa, Trisul e Moura Dubeux apresentaram aumento de ganhos no segundo trimestre, na base anual.
Incorporadoras de médio e alto padrão lucram mais

Ana Luiza Tieghi, Valor Econômico – A maioria das incorporadoras de média e alta renda que divulgou seus resultados do segundo trimestre na quinta-feira (10) teve melhora de desempenho, motivada por vendas mais altas.

A Cyrela registrou lucro líquido de R$ 279 milhões, crescimento de 85% sobre o mesmo período do ano passado e de 71% sobre o primeiro trimestre deste ano. A receita líquida atingiu R$ 1,6 bilhão, alta de 31%. Sua margem bruta foi de 32,3%, aumento de 1 ponto percentual.

O diretor-financeiro Miguel Mickelberg afirma que essa margem ainda está abaixo do ponto ótimo da companhia. “Temos visto novos lançamentos com margem próxima de34%, esperamos que vá convergir para esse patamar, se continuarem as condições atuais de mercado”.

A EZTec obteve no segundo trimestre lucro líquido atribuível aos controladores de R$75,3 milhões, recuo de 9,4% sobre o mesmo período do ano passado, mas alta de78,4% sobre o registrado entre janeiro e março deste ano. A receita líquida ficou estável, em R$ 242,7 milhões.

Emilio Fugazza, diretor-financeiro da incorporadora, afirma que a melhora do lucro em relação ao último trimestre se deve ao um momento “mais positivo e otimista” para a empresa, com recuperação das vendas.

A EZTec teve vendas líquidas de R$ 419 milhões no trimestre, 103,5% mais do que há um ano, e de R$ 784,9 milhões no semestre, alta de 54% e o melhor resultado já registrado pela empresa. “Quando consolidamos um volume maior, ficamos mais animados para continuar lançando, em todos os segmentos”, diz. A margem bruta caiu 2,3 pontos percentuais, para 32,4%.

A Tecnisa registrou lucro líquido de R$ 4,6 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 9,3 milhões no mesmo período do ano passado. É o quarto trimestre consecutivo com lucro da empresa, que ficou sete anos com resultados negativos.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) atingiu R$ 11,3 milhões, ante R$ 1 milhão há um ano. A margem Ebitda foi de 11,1%, alta de 9,6 pontos percentuais.

A empresa teve receita líquida de R$ 101,8 milhões, crescimento de 151%. A margem bruta foi de 14%, 10 pontos acima do mesmo período de 2022.

O presidente da companhia, Fernando Tadeu Perez, afirma que os resultados foram puxados pelo incremento nas vendas, de 4,7%, para R$ 93 milhões. A Tecnisa não lançou no segundo e no primeiro trimestre, mas tem vendido seu estoque.

Para voltar a lançar em maior quantidade, a companhia aguarda desde o ano passado leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), necessários para o projeto Jardim das Perdizes.

No segundo trimestre, a Trisul aumentou seu lucro líquido em 40,5%, para R$ 28,7 milhões. O Ebtida foi de R$ 38 milhões, alta de 12,3% no mesmo intervalo. A receita líquida da incorporadora somou R$ 267 milhões, aumento de 27,3%. A margem bruta terminou junho em 23,9%, queda de 8 pontos percentuais.

A Moura Dubeux, que atua na região Nordeste, teve lucro líquido de R$ 42,2 milhões no trimestre, crescimento de 46%. Seu Ebitda ajustado atingiu R$ 61,2 milhões, alta de 85% em um ano. A receita líquida foi de R$ 313,3 milhões, crescimento de 49,6%, e a margem bruta atingiu 33,8%, queda de 0,8 ponto percentual.

A gaúcha Melnick teve uma queda de 27% no seu lucro líquido na base anual, para R$22 milhões. No entanto, o valor aumentou 10% em relação ao primeiro trimestre deste ano. A receita líquida da incorporadora recuou 20,6% em um ano, para R$ 242 milhões. A margem bruta terminou junho em 21,5%, queda de 0,8 ponto percentual.

Já a Helbor apresentou queda de 40% no lucro líquido atribuído à controlada, de R$ 7,1milhões. O lucro líquido consolidado cresceu 49,7%, para R$ 32,5 milhões. O Ebitda atingiu R$ 52,5 milhões, alta de 55,5%. A receita líquida cresceu 56%, para R$ 334,2milhões, e a margem bruta caiu 1,2 ponto, para 26,4%.

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