Setor de construção volta a reduzir estimativa de crescimento no ano, para 1,5%, diz Cbic

Setor expandiu 6,9% em 2022; expectativa de 2023 caiu para 2,5% em dezembro e, posteriormente, para 2% em abril
Setor expandiu 6,9% em 2022; expectativa da Cbic de 2023 caiu para 2,5% em dezembro e, posteriormente, para 2% em abril.

Alberto Alerigi Jr., Reuters – Construtoras reduziram pela segunda vez neste ano sua previsão de crescimento em 2023, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (31) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), citando fatores que incluem cenário de juros altos e redução de lançamentos imobiliários.

A entidade havia previsto em dezembro crescimento de 2,5% para o setor este ano, o que já marcaria uma desaceleração sobre a expansão de 6,9% de 2022 e a alta de 10% de 2021.

O dado foi revisto em abril para avanço de 2% do setor em 2023 e mais uma vez cortado, nesta segunda, para crescimento de 1,5%.

“Taxa de juros elevada é o principal desafio para a construção sustentar o seu ciclo de crescimento”, afirmou a Cbic em apresentação a jornalistas.

“Crescimento de 1,5% é muito baixo para que a construção consiga retomar o pico de suas atividades alcançado em 2013”, acrescentou a entidade.

Projeção vai na contramão da Bolsa

Na contramão das estimativas da Cbic, as ações de construtoras vêm exibindo forte recuperação este ano, com destaques para Tenda (TEND3), Cyrela (CYRE3) e MRV (MRVE3), que disparam 187%, 90% e 83% este ano, respectivamente.

Sendo assim, MRV e Cyrela devem fechar julho na liderança entre as principais construtoras listadas na Bolsa brasileira, com os papéis avançando 20%.

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