Cury aumenta lançamentos em 54% e vendas sobem 20% no 4º tri, na base anual

Cury ampliou seu banco de terrenos em 43%, na comparação com o último período de 2022, para R$ 14,5 bilhões em VGV
Cury ampliou seu banco de terrenos em 43%, na comparação com o último período de 2022, para R$ 14,5 bilhões em VGV — Foto: Julio Bittencourt/Valor.
Cury aumenta lançamentos em 54% e vendas sobem 20% no 4º tri, na base anual

Ana Luiza Tieghi, Valor Econômico –A incorporadora Cury terminou o quarto trimestre de 2023 com lançamentos avaliados em R$ 856,6 milhões em valor geral de venda (VGV), alta de 54% sobre o mesmo período de 2022. Foram quatro novos projetos em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. A empresa divulgou sua prévia operacional nesta terça-feira (16).

As vendas líquidas somaram R$ 904,7 milhões, crescimento de 20% na base anual.

A velocidade de venda, medida pelo índice de venda sobre oferta (VSO), foi de 38,9%, leve queda de 2,1 pontos percentuais.

O estoque da companhia é de R$ 1,4 bilhão em VGV, ante R$ 1,1 bilhão ao final de 2022. Desse total, 1,9% são de unidades prontas.

A Cury apresentou no quarto trimestre uma geração de caixa de R$ 176,1 milhões, alta de 29,7%. A empresa ampliou seu banco de terrenos em 43%, na comparação com o último período de 2022, para R$ 14,5 bilhões em VGV — R$ 9,5 bilhões ficam em São Paulo e R$ 5 bilhões no Rio.

Fabio Cury, presidente da incorporadora, afirma que a forte compra de novas áreas foi uma estratégia sua, em resposta aos movimentos de follow-on de incorporadoras concorrentes, como MRV e Direcional, que estariam mais capitalizadas. “Poderia poluir um pouco a compra de terrenos, então demos uma acelerada e tivemos muito sucesso”, afirma.

Acumulado do ano

Em todo o ano de 2023, a Cury atingiu R$ 4,4 bilhões em lançamentos, crescimento de 34%.

As vendas líquidas subiram 26,2%, para R$ 4,2 bilhões, e o preço médio da unidade vendida subiu 14%, para R$ 276,4 mil. O VSO de 12 meses atingiu 74,5%, recuo de 0,8 ponto.

A incorporadora produziu 11,8 mil unidades em 2023, crescimento de 21%. Houve geração de caixa recorde, de R$ 424,3 milhões, 42,2% maior do que o registrado no ano anterior.

O presidente da construtora vê o ano atual com otimismo. “Entendemos que as condições estão até melhores do que em 2023”, afirma. De acordo com ele, “a ordem do dia na Cury é expansão”, e o negócio quer se tornar maior em 2024. “Prova disso é que na primeira semana de janeiro já lançamos quatro empreendimentos”, diz, sendo dois no Rio e dois em São Paulo.

A estratégia da Cury é reforçar lançamentos no primeiro semestre, e especialmente no primeiro trimestre, para ter tempo de vender as unidades.

O presidente conta que, dos R$ 4,4 bilhões lançados em 2023, 41% estavam fora do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo Cury, a empresa quer manter o percentual de unidades desenquadradas em 2024 em cerca de 30% — o que pode interferir nisso é a aprovação de uma “faixa 4” para o MCMV, que inclua famílias com renda entre R$ 8 mil, o teto atual, e R$ 12 mil. “Acreditamos que vai vingar, o presidente falou bastante [sobre essa faixa]”, diz. “Mas não sabemos o tamanho desse programa”.

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